segunda-feira, 2 de maio de 2011

O que são e como tratar Quelóides e Cicatrizes Hipertróficas

Quando um processo cicatricial é exagerado e este ultrapassa os limites da epiderme de forma clara, temos um quelóide. Histologicamente, quelóides e cicatrizes hipertróficas são semelhantes e sua diferenciação clínica pode não ser fácil. A cicatriz hipertrófica é elevada, tensa, avermelhada, podendo ser dolorosa e pruriginosa (coça muito), mas não ultrapassa os limites laterais da cicatriz e com o tempo mostra tendência à regressão. O quelóide, por sua vez, ultrapassa lateralmente o seu limite inicial da cicatriz, crescendo de forma tumoral, podendo apresentar-se de forma pediculada ou aplanada. É doloroso, coça muito, pode ter a cor avermelhado-amarronzada ou violácea e não tem tendência à regressão. Mostra-se resistente à excisão isolada, podendo recidivar com muita freqüência.

Essas desordens possuem uma característica comum: o aumento de matriz extracelular (colágenas, elásticas, glicosaminoglicanos, ácido hialurônico e condroitin sulfato) na derme, principalmente o colágeno. Este, se dá por dois processos básicos: um aumento na produção dessa matriz ou uma diminuição nos fatores que controlam-na e atuam na remodelação da cicatriz.

Esse processo pode acontecer na cicatrização normal da pele ou, em alguns casos, espontaneamente. Com relação à localização, não existe uma área pré-definida na qual exista um maior risco de ocorréncia de quelóide. Mas, alguns locais como a região do músculo deltóide (ombro), nos braços e áreas que sofrem tensão durante a cicatrização, como a região pré-esternal apresentam uma maior incidência.

Os principais tratamentos conhecidos são sempre selecionados e acompanhados por médicos. As especialidades de Cirurgia Plástica e Dermatologia são as que mais lidam com esse tipo de alteração.  Abaixo, os tratamentos mais comuns:

  • Cirurgia — Cirurgia requer grandes cuidados pré e pós operatórios. Alguns quelóides que recidivam após a excisão podem ser de dimensões superiores aos originais, existindo cerca de 45% de probabilidade de recurrência após cirurgia. Contudo, quelóides são menos propensos a recidivar se a remoção cirúrgica for combinada com outros tratamentos. 
  • Pensos — Pensos húmidos executados em gel de silicone ou folhas de silástico foram testados com sucesso como forma de reduzir a proeminência dos quelóides ao longo do tempo. Seguro e indolor!
  • Corticóides injetáveis — Quando a cicatriz começa a espessar ou se o doente já é um conhecido formador de quelóide, injecções com corticosteroide podem reduzir o tamanho, embora possam ser desconfortáveis.
  • Compressão — Ligaduras de compressão aplicadas no local durante vários meses, por vezes até 12 meses, provocam redução das dimensões da lesão. Funcionam melhor quando utilizadas de forma preventiva.
  • Criocirurgia — É um congelamento da pele com redução da circulação subjacente. Freqüentemente pode ser combinada com injeções mensais de cortisona. Seu uso é limitado já que causa despigmentação da pele. O efeito, na verdade, é uma queimadura local por congelação. Descama superficialmente a pele.
  • Radioterapia — Radiação ortovoltaica é mais penetrante e levemente mais eficaz. Não se conhecem provas de que possa causar qualquer forma de câncer após muitos anos de uso, mas é muito cara. Tratamentos com radiação podem reduzir a formação de uma cicatriz se for usada logo após a cirurgia, durante o tempo em que a ferida cirúrgica está se curando.
  • Terapia a laser — É uma alternativa à cirurgia convencional para remoção de quelóides. Lasers podem descascar bem a pele superficialmente mas freqüentemente não reduzem a massa de quelóide. O uso de dye-tuned lasers não tem mostrado melhores resultados do que o laser frio.

Um comentário:

Anônimo disse...

eu tenho queloides descubrie,eu tinha 18 anos sabe o meu doe, corsa as vezes ate cria pús hoje tenho 32anos ja to mais conformada com a doença, más não e facio tenho 2 cirrugias ,vc ja imaginas como e .

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