sexta-feira, 15 de abril de 2011

Em caso de acidentes, o que fazer?

Com o caos tomando as rédeas do trânsito em todas capitais e algumas cidades do interior, é cada vez maior as chances de você presenciar algum tipo de acidente. Seja uma colisão entre dois carros, seja um atropelamento, seja com envolvimento de moto, sempre é uma situação delicada na qual o desespero só atrapalha.

Muitas pessoas sentem-se de mãos atadas e realmente "travam" diante de tais situações. Profissionais da saúde sempre têm um treinamento de primeiros socorros durante o curso, visando prestar essa assistência inicial e garantir que procedimentos essenciais sejam seguidos.

A primeira observação a ser feita é: ligar para o SAMU (se houver o serviço) ou para o Corpo de Bombeiros. Os números são 192 e 193 respectivamente, e a ligação é gratuita. Isso é importantíssimo, pois são órgãos treinados para chegar o mais rápido possível no local do acidente e provavelmente dispondo da maioria dos equipamentos necessários para prestar os primeiros socorros e transportar aquele indivíduo acidentado com o menor número de prejuízos possíveis para sua saúde.

Deve-se evitar qualquer tipo de mobilização do indivíduo. São freqüentes os agravos à saúde devido a mobilizações indevidas e desnecessárias. A medula espinhal é um órgão nervoso que fica dentro da coluna óssea e é muito sensível e delicado, sendo o maior alvo de cuidados durante um socorro, principalmente na porção do pescoço. Portanto, mesmo aos profissionais de saúde que receberam treinamento, a indicação é de que sob hipótese alguma, procure mover o acidentado. Há apenas algumas soluções muito particulares que permitem a movimentação, como por exemplo em caso de paciente desacordado com o nariz e a boca submersos em água ou alguma estrutura/substância que impeça a respiração.

Outro ato que deve rigorosamente ser evitado e mais ainda, deve ter sua tentativa abolida, é o ato de tentar "puxar o membro" que aparenta estar lesado ou que é alvo de queixas dolorosas pelo paciente. São inúmeros os malefícios potencialmente desencadeados por essa atitude impensada.

Se existe alguém treinado presente, este deve verificar se algo está obstruindo as vias aéreas, tentando deixá-las livres, se possível. A verificação dos sinais vitais deve ser feita e, se necessário, sempre por alguém treinado, a ressucitação cárdio pulmonar (RCP) deve ser considerada.

Uma atitude válida para quem não é treinado para socorrer alguém, é impedir que outros próximos cometam erros deletérios à vida. Solicitar um afastamento das pessoas sob a vítima e procurar mantê-la acordada na medida do possível. O ideal é que essa prática seja feita por uma pessoa e outra já esteja ligando para a ajuda (SAMU e Bombeiros). Lembre-se, ser herói não necessariamente significa que você tem que fazer algo incrível. O simples é muito mais eficaz e apresenta um risco menor.

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