segunda-feira, 4 de abril de 2011

Você confia no que lê? Parte 1

Este post é o primeiro de uma série sobre a qualidade da informação. Você confia no que você lê? Suas fontes de informação são confiáveis? Essa informação lhe dá segurança para aproveitá-la na prática? Esta série de posts denominada "Você confia no que você lê?" é baseada em um artigo sobre Avaliação da Qualidade da Informação, do Prof. Ms. Aldemar Araújo Castro. A referência completa pode ser visualizada ao final do post.

Com os avanços tecnológicos recentes e a difusão de notícias pelos mais diversos meios, há uma freqüente sobrecarga de informações clínicas (diagnóstico, tratamento, reabilitação e prevenção). Mas, é correto aceitar como verdade qualquer uma dessas, mesmo que seja oriunda de revistas/jornais de credibilidade reconhecida? Na verdade, todo profissional deve, antes de tudo, ser crítico sobre todo o conteúdo recebido. Essa crítica deve ocorrer de forma reflexiva e nunca, passiva.

Sem dúvida, o primeiro aspecto em questão seria: qualidade. Como se definiria "qualidade"?
"Apesar da definição da palavra qualidade não ser fácil, é fácil entender que a avaliação da qualidade de uma publicação envolve ao menos três aspectos:  validade interna (que pode ser chamada apenas de validade); validade externa (que pode ser chamada de aplicabilidade) e a análise estatística (que pode ser chamada de importância)."
Agora, já com os aspectos sobre qualidade compreendidos, faz-se necessária a seguinte pergunta: Qual a pesquisa que gerou essa informação? Por exemplo: Se existe uma informação sobre hipertensão, e esta atesta que sua prevalência é maior em indivíduos da raça negra, é reflexivo pensar: Alguém, em algum momento, fez uma pesquisa em uma determinada população e chegou à esta conclusão. E se obtivermos o artigo que gerou essa informação, o que fazer com ele? Você deve estar apto à avaliá-lo e decidir se pode assimilar a informação como válida, aplicável e importante. Esse questionamento nos diz apenas que essa informação tem uma menor probabilidade de estar errada frente àquela gerada por uma opinião pessoal. Não significa tomá-la como verdade absoluta e deixar de considerar as demais. O objetivo dessa análise é o melhor direcionamento de seus atos decisivos.

Existem duas situações nas quais faz-se necessário esse conhecimento: Quando possuo um artigo em mãos para avaliar e quando tenho uma questão relacionada à clínica e necessito de resposta. Existem alguns modelos simples que podem solucionar os casos acima disponíveis neste site: Metodologia.org, Parte 2, Capítulo 2: Avaliação da qualidade da informação.

Existem ainda três passos definidos como avaliação do conhecimento necessário:
a) conhecer a hierarquia de qualidade dos estudos de acordo com a situação clínica;
b) conhecer as vantagens e desvantagens de cada tipo de estudo;
c) conhecer como é planejado, executado e divulgado cada tipo de estudo.

Bom, nesse primeiro post vou seguir somente até aqui. Em breve, a segunda parte explicará alguns outros conceitos.

Para acesso ao artigo completo, visite: Metodologia.org


Referência:
Castro AA. Avaliação da qualidade da informação.
In: Castro AA. Fiat lux. Maceió: AAC; 2005.
Disponível em: URL: http://www.metodologia.org/livro

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