sábado, 16 de abril de 2011

O inimigo silencioso: a vida sedentária


Considerado por muitos pesquisadores como uma pandemia, o sedentarismo é na verdade questão de hábitos, ou da falta destes. São inúmeras as doenças e condições patológicas agravadas quando o sedentarismo está presente. Mas porque todo esse problema com algo tão simples de ser solucionado?


Vários estudos amplamente relevantes já constataram o óbvio: dentre os fatores de risco para doenças cardíacas, este é o que está envolvido com o maior número de co-morbidades associadas. Na verdade, há uma espécie de co-sustentação entre todos os fatores, eles contribuem entre si para seu crescimento. Seria ótimo se houvesse algo assim voltado para os benefícios, não?


Para o combate ao sedentarismo, a mudança de hábitos é a melhor e mais eficaz arma disponível. Deve-se dividir a prática de atividades físicas em três grupos básicos: crianças, adultos e idosos.

  • Crianças: aproximadamente 60 minutos de atividades físicas diárias que podem ser na escola, em aulas de educação física e prática de esportes com incentivo da competição. Se aliado ao ensino ainda na escola sobre os perigos do sedentarismo e as bases biológicas para compreendê-los, amplificaria o resultado. Os hábitos alimentares devem ser saudáveis e nessa parte, a participação da escola é fundamental. Incentivar recreações para os alunos que não possuem habilidades para competir.
  • Adultos: praticar jogos familiares e pequenas competições em grupo realizadas em praças, áreas de lazer ou ginásios escolares. Os adultos precisam de apenas 30 minutos de atividades físicas diárias para manter um nível metabólico que já lhes garante um acréscimo à saúde.
  • Idosos: deve haver a promoção de um estilo de vida fisicamente ativo e a possibilidade de inclusão de atividades físicas nos encontros sociais. Idosos devem ter acesso livre equipamentos de musculação, lazer, e instruídos sobre as conseqüências do sedentarismo em a sua vitalidade, qualidade de vida e capacidade para desempenhar as tarefas da vida diária.

Não é nenhum bicho-de-sete-cabeças esse tipo de prevenção. Analisando o quadro das condições agravadas, é nítida a possibilidade de obtenção de benefício. Nunca é tarde para uma reeducação!


2 comentários:

Claudio Mesquita disse...

Talvez seja importante dizer que os 30 minutos de atividade física sugeridos podem ser incluídos dentro das próprias tarefas do dia-a-dia, desde a caminhada até o ponto de ônibus, o subir escadas até o 2o andar do prédio, fazer a faxina ou outras. Não precisa ser atividade esportiva não, as atividades físicas diárias se incluem nesse mínimo também.

Importante sempre divulgar informações sobre o sedentarismo. Muito bom!

Um abraço,

Claudio

Ray disse...

Realmente, você pode incluir isso facilmente. Recordo de uma recomendação de um cardiologista que sempre pedia para seus pacientes descerem um ou dois pontos de ônibus antes do habitual. Essa pequena caminhada já se mostrava significativa.

Obrigado pela contribuição!

Abraço

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