Muito se fala e pouco se informa, de forma correta, sobre os riscos cardiovasculares induzidos por doses hormonais, neste caso, as contidas nos contraceptivos hormonais. Os mais destacados são sempre a probabilidade aumentada para Tromboses e os efeitos na pressão arterial.
Baseado nisso, recentemente foi publicado um estudo que revisa estes aspectos. Basicamente, o processo resultou nas seguintes informações:
- O uso dos anticoncepcionais aumentam o risco de fenômenos trombóticos venosos e arteriais, fato que não está relacionado pela via na qual o medicamento é administrado. Isto se dá pelas quantidades de estrógenos, principalmente. Em mulheres com saúde preservada, as doses usuais (até 50mcg de etinilestradiol), o risco é relativamente baixo.
- Quando se combina o estrógeno com alguma progesterona, o risco de trombose se altera. Este, apresenta-se reduzindo quando são utilizados progestagênicos de 2a geração (levonorgestrel). Já os de 3a geração (gestodeno e desogestrel), elevam o risco.
- Quando o contraceptivo é composto apenas de derivados da progesterona, não existe relação com o aumento do risco de trombose. Assim sendo, está bastante indicado para pacientes com histórico de processos trombóticos ou outros fatores de risco associados (obesidade, diabetes, tabagismo, antecedentes familiares, idade acima de 40 anos). Mulheres tabagistas com 35 anos ou mais não devem fazer uso de dose alguma de etinilestradiol.
- O contraceptivo ingetável trimestral à base de medroxiprogesterona foi o único que mostrou alterações indesejáveis no HDL e LDL, além de uma possível interferência em funções vasculares.
- Os derivados do estrogênio (etinilestradiol), mesmo em pequenas doses, podem elevam os níveis pressóricos arteriais. Em pacientes saudáveis não há problema, porém em hipertensas deve-se priorizar métodos contraceptivos apenas com progestagênicos ou não hormonais.
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